esculturas de CARLOS RODRIGUES

SANTIAGO DE VILARINHO

Em 1995 fiz peia primeira vez o Caminho de Santiago. Parti com uma pequena mochila às costas, para percorrer 230km, a distância que une Vilarinho e Santiago de Compostela. Dias depois, ao pôr-do-sol, estava em frente à Catedral, cansado, com dores no corpo, mas com uma felicidade tamanha por estar ali com pessoas dos quatro cantos do Mundo, num local que se viria a tornar tão especial para mim. Foi um encanto descobrir Santiago de Compostela. A magia da manhã e da noite, das igrejas e das bodeg1 Em 1995 fiz peia primeira vez o Caminho de Santiago. Parti com uma pequena mochila às costas, para percorrer 230km, a distância que une Vilarinho e Santiago de Compostela. Dias depois, ao pôr-do-sol, estava em frente à Catedral, cansado, com dores no corpo, mas com uma felicidade tamanha por estar ali com pessoas dos quatro cantos do Mundo, num local que se viria a tornar tão especial para mim.
Foi um encanto descobrir Santiago de Compostela. A magia da manhã e da noite, das igrejas e das bodegas, dos concertos e das missas, dos estudantes e dos pedintes, das freiras e dos freaks, das gaitas e dos cânticos, da história, da modernidade e do futuro.
Há sempre um caminho para descobrir, partir de onde queremos até onde quisermos. Do Cebreiro, da Coruña, de Padrón, de Fisterra, de Vilarinho...
Santiago tornou-se para mim um local muito especial. A sua magia, o seu encanto, a sua espiritualidade levou-me a sonhar. Vilarinho, local onde vivo, é ponto de passagem de peregrinos que, todos os anos, percorrem este caminho milenar.
Em 2014 para homenagear a Terra, o Santo e os Peregrinos dos quatro cantos do mundo que por aqui passam, criei uma escultura com um aspeto um pouco primitivo, tosco e com formas de um Lego.
Um aspecto a salientar no projecto: ao contrário do que é habitual, não fui reclamar apoios para a obra às "Entidades Oficiais" mas decidi pedir a colaboração de quem entendeu que a obra seria de todos os que ajudaram a levantar o nosso Santiago.
Tive conhecimento de uma plataforma Crowdfunding (ou financiamento colaborativo) que de uma forma simples e transparente angaria fundos para projetos através de uma comunidade online que partilha os mesmos interesses.
Esta foi uma oportunidade que facilitou o financiamento do projecto, recorrendo a ajuda de apoiantes, não envolvendo correntes partidárias, nem tudo o que a elas estejam ligadas. No projeto o trabalho foi todo meu, o apoio foi de todos aqueles que que se reviram nele e adquirirem uma das 4 peças que criei exclusivamente para o projeto, com valores entre os 5 e os 150 €uro.
O objetivo foi atingido dentro do prazo sem ajudas estatais, sem fundos internacionais, sem salamaleques institucionais. Só com criatividade, querer e persistência. Com o apoio de quem entendeu e apreciou o meu sonho.
O Santiago de Vilarinho foi inaugurado a 25 de julho de 2014.
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